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terça-feira, 12 de abril de 2011

MUITO PRAZER, CROMBIE...

Fazia muito tempo que não trazia Música Nacional, e a espera garanto, valeu muito a pena. O som desses caras é pura poesia e melodia, mais um grupo que vem quebrar o monopólio da música "Gospel" nacional, trazendo sinceridade, simplicidade e originalidade. Não é música de Adoração Vertical  a Deus, é sobre o cotidiano, dia-a-dia, nostalgia...mas nem por isso deixam de demonstrar sua fé e valores. Coisa fina de verdade, cotonete suave para seus ouvidos...rsrs

Crombie é uma banda formada em Niterói, cidade do estado do Rio de Janeiro. Todos os integrantes são amigos que se conheceram numa Igreja Presbiteriana. Tendo passado por palcos como o Teatro Odisséia, Melt, Cinematheque Jam Club e Teatro da UFF, o grupo experimenta em suas canções, sonoridades, levadas e dinâmicas, sem perder a vibração, com poesia e composições expressivas.


Eles misturam MPB, Folk, Reggae, Indie, Bossa-Nova, mas não se encaixam genuinamente em nenhum desses rótulos. O som deles é bastante autoral, conferindo uma identidade bem própria, fruto da mistura criativa de estilos, concepções e linguaguens.

Segundo eles: "É um carregador de sonhos um crombie de mochila e violão. Quem canta cantigas despretensiosas na vida não corre em vão. É o soar de som em sol. É atração por melodias singelas. Quem ouve com o coração na vida abre janelas." 

Na estrada desde 2006, a banda surgiu da parceria entre músicos amigos com gostos semelhantes que queriam se divertir e principalmente refletir através da música e de uma linguagem poética simples sobre o cotidiano, experiências pessoais, natureza, liberdade e amizade. 

Voz, violão, baixo, guitarras e percuteria. Esta é a formação do Crombie. O resultado agrada a quem ouve. 

Os integrantes são: Felipe Vellozo (baixo e vocais), Filipe Costa (guitarra) Gabriel Luz (guitarra e vocais), Lucas Magno (percuteria) e Paulo Nazareth (vocal e violão). Tendo como influência mais forte a música popular brasileira representada por Gilberto Gil, Marisa Monte e Los Hermanos, o grupo desenvolveu um estilo peculiar, não se enquadrando em nenhum formato convencional.




Crombie - Por Enquanto - 2008

 
Começo
Longa Jornada
Manga
Sobre o Tempo
Sem Vaidade
Entre Uma e Outra
Chuva de Vento
Projeto
Guidom
Canto 
Eternidade


Com um som muito autoral, suas músicas são fruto do que seus componentes vivem e pensam. E trazem um resultado saboroso e surpreendente, da mistura de estilos e ideias, melodias trabalhadas e levadas brasileiras com uma identidade própria.

Com um trabalho coeso e criativo, o Crombie prova que há música inteligente no mercado cristão nacional.

Em tempos de internet, música eletrônica e homogeneização de estilos, o som analógico e melodicamente rico dos garotos de Niterói soa diferente e prova que é possível pregar sem ser clichê e fazer música boa sem se render aos modelos pré-definidos da indústria fonográfica.
 


Abaixo trechos de uma entrevista feita em Agosto de 2008 ao Portal Cristianismo Criativo:

Por Whaner Endo 

Voz, violão, baixo e percussão... Instrumentos que nas mãos de um grupo de amigos de Niterói têm gerado poesia e música, com cheiro de Brasil. Finalistas do Festival de Bandas do Jornal do Brasil, o Crombie está, desde 2006 fazendo diferença dentro e fora dos muros da Igreja. Diferença essa que deve ser "percebida nas nossas atitudes, nas nossas reações, no nosso olhar, na forma como nos aproximamos, no que falamos, no que cantamos", como afirmou Paulo Nazareth.
Conheça um pouco mais da amizade entre Felipe, Filipe, Gabriel, Leonardo, Lucas e Paulo, nessa entrevista exclusiva para o Portal Cristianismo Criativo.

Conte-me um pouco sobre a história do Crombie. Quando e como ele surgiu? O que significa a palavra Crombie? Qual a formação original?

Paulo Nazareth - O Crombie surgiu em 2006. Nós somos amigos há bastante tempo (todos membros da Igreja Presbiteriana Betânia, em Niterói) e amamos música. Resolvemos por acaso mostrar, entre nós, canções que tínhamos composto. Percebemos, então, que pensávamos parecido e tínhamos gostos semelhantes, além da fé em comum, presente em tudo o que fazemos. Com isso, começamos a tocar juntos pra experimentar nossas idéias.
Quanto ao nome, nós nunca escolhemos "oficialmente" esse nome pra banda. O nome "Crombie" surgiu de uma brincadeira nossa com um amigo e parceiro de caminhada, o Heber Ribeiro, sem o qual não teríamos gravado o nosso 1º CD (porenquanto).
Hoje, quando pensamos em referências que a palavra "Crombie" possa trazer, lembramos logo do testemunho que queremos dar e temos a pretensão de mostrar uma forma mais esperançosa de enxergar a vida, através de nossas "criações". Gostamos de poesia e buscamos um olhar sensível pras questões mais comuns do dia a dia. Vemos isso presente naquilo que compomos.
A nossa formação é a mesma desde o começo: Felipe Vellozo (baixo e vocais), Filipe Costa (violão e guitarra), Gabriel Luz (violão, guitarra e vocais), Leonardo Soares e Lucas Magno (percussões) e Paulo Nazareth (vocal e violão).

A natureza/ecologia é um tema recorrente na música de vocês. Por quê?

Paulo Nazareth - Não sabemos por quê. Acontece naturalmente de aparecer naquilo que compomos. Talvez seja um tema pouco falado, de forma geral. Fica aí a sugestão. Poderíamos todos falar mais sobre a Criação.
Léo - Provavelmente, porque vivemos em um lugar privilegiado, com mar, montanhas, florestas facilmente acessíveis e por gostarmos de desfrutar destes lugares com amigos e música.

Qual a diferença entre tocar na igreja e fora dela?

Paulo Nazareth - Nós queremos ser úteis pro nosso Deus e às vezes parece que quando tocamos fora da igreja podemos fazer maior diferença na vida de quem nos ouve.
Mas dentro ou fora da igreja, pensamos nas pessoas e no que Deus pode fazer por elas. Desejamos que Deus nos use, como Ele quiser, pra tocá-las e que o nome d´Ele seja glorificado.
Léo - Na igreja estou em casa... fora, me preocupo mais, fico mais tenso.


O Cristianismo, como não poderia deixar de ser, tem grande influência na criação do grupo. O que seria diferente se vocês não tivessem esse background cristão?

Paulo Nazareth - Seria tudo diferente. Não dá nem pra imaginar. Não existiria a banda.


Paulo, por que você afirmou que o Crombie não pode ser incluído no espectro da música gospel? Como você vê o que tem sido criado em nome da música gospel?


Paulo Nazareth - Hoje o título "gospel" não nos traz, de primeira, uma impressão muito boa. E acreditamos que o que temos feito destoa, no que diz respeito à forma e ao conteúdo de quase tudo o que é classificado hoje como música gospel. Nos preocupamos com muito do que temos ouvido.

Um cristão que é músico pode ou deve fazer diferença fora da igreja?
Paulo Nazareth - Achamos que isso não é privilégio dos músicos. Um cristão deve sempre fazer diferença onde ele estiver. Seja qual for a ocupação dele. Essa diferença é percebida nas nossas atitudes, nas nossas reações, no nosso olhar, na forma como nos aproximamos, no que falamos, no que cantamos, etc.

Se quase tudo é temporal, o que não é mais que um momento?
Paulo Nazareth - Nem tudo é temporal. Existem coisas que não estão sob a ditadura implacável do tempo. A palavra de Deus e a nossa fé n´Ele são exemplos de coisas que mostram a eternidade, dando o ar da graça e já sendo vivenciada nos dias aqui. 


Como cada um tem vivenciado a sua fé num mundo de tanta correria e desigualdade?

Léo - Debaixo da graça e da misericórdia Deus.
Lucas - Acredito que essas dificuldades sempre ocorreram, mas de forma diferente ou sem tanta explanação como é feito hoje, quando se dá ênfase às coisas ruins do mundo se esquecendo por completo do amor de Deus que é visto de forma gritante, só que ignorada, em pessoas por todo o canto. Mas acredito também no óbvio, que sem a misericórdia de Deus não vamos a lugar algum, e por isso a nossa dependência e humildade como filhos diante Dele tem que ser constante. Jesus nunca disse que seriam tempos fáceis ou tranqüilos e por isso temos que estar constantemente preparados, de forma ativa e buscando sempre o controle de Deus sobre nossas vidas.
Filipe Costa - Deus tem se mostrado muito cuidadoso comigo e com minha família. E isso renova a minha fé.

Como tem sido a aceitação do "porenquanto"?
Paulo Nazareth - Tem sido legal. Não esperávamos o retorno que temos tido. A maioria das pessoas que ouve nos dáo resposta muito positiva, nos agradece e nos incentiva. Às vezes nos deparamos com críticas construtivas e gostamos muito disso também.

Quais os próximos projetos?
Paulo Nazareth - Temos tido a oportunidade de tocar em lugares legais, principalmente no Rio. Isso é mais do que imaginamos inicialmente e nos deixa muito felizes. Por enquanto, estamos por conta do nosso CD, que saiu no começo de 2008 e já pensamos na possibilidade do próximo, ano que vem.

O que é Cristianismo Criativo pra vocês?
Lucas - É viver Jesus Cristo de forma simples, assim como é o próprio evangelho; é poder contar sobre Jesus de diferentes formas, sem agressões ou até jargões evangélicos, sendo total dependente da misericórdia, graça e sabedoria d´Ele.
Filipe Costa - Acho que Cristianismo Criativo é também se importar com a forma que usamos pra levar a palavra... produzir algo de qualidade que tenha também um valor artístico, que transmita o que temos pra falar de uma forma agradável.






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